Os jingles e os pregões.
Autor:
Guilherme Gustavo Simões de Castro; Sigla: CASTRO, G.G.S.
Os jingles são conhecidos por estar em muitos ambientes sonoros dos locais em que vivemos. Essencialmente nas programações de rádio, internet e televisão. Porém, é provável que a prática musical do jingle tenha nascido com os pregões. Os pregões são aqueles vendedores ambulantes que ficam repetindo alguma frase pela qual oferecem seu produto. Eles procuram fazer um jeito característico, uma marca de cada vendedor. Há registro de pregões no Brasil desde o século XIX, quando ofereciam doces, balas e outros quitutes. Alguns desses cantos que eles faziam e entoavam ficaram tão famosos que viraram disco chamado "Pregões Cariocas", em 1943, produzido pelo músico João de Barro.
Confira no link:
Um abraço para todos,
Professor Zorel.
Música é cultura.
A
responsabilidade humana sobre as coisas.
Autor:
Guilherme Gustavo Simões de Castro; Sigla: CASTRO, G.G.S.
Dentro de uma perspectiva
histórica, desde o século XIX, o mundo vem atravessando períodos de mudanças
drásticas e caóticas, relacionadas ao processo de Modernização. Com o advento do
desenvolvimento científico-tecnológico, os seres humanos cada vez mais se veem
numa situação de protagonismo em relação às condições planetárias de
sobrevivência. Nos últimos 170 anos, a população mundial cresceu sete vezes, de
1 bilhão de pessoas, por volta de 1850, para 7 bilhões, na primeira década do
século XXI. Já na metade do século XX, mais especificamente após as duas
grandes guerras, alguns pensadores apontaram a responsabilidade humana sobre as
coisas. Como escreveu Jean-Paul Sartre, em 1946, no livro O Existencialismo é um Humanismo: “Estamos condenados a sermos
livres”.[1]
Este laissez-faire, permitiu a realização de projetos pessoais, de
membros poderosos da sociedade global, que contribuíram enormemente para o
recrudescimento da situação de exclusão social, expressos nos índices estatísticos,
da própria Campanha da Fraternidade, que se referem à fome, à falta de educação
e saúde, saneamento básico e diversas condições materiais que garantiriam
direitos de cidadania, expressos em documentos como, por exemplo, na carta de Declaração
Universal dos Direitos Humanos, de 1948, da Organização das Nações Unidas, bem
como na legislação brasileira.
As grandes corporações empresarias,
através dos meios de transmissão de informações, como o editorial, o cinema, o
rádio, a televisão e a publicidade, ensinaram as pessoas a deixarem de serem
produtores, e, se transformarem, em consumidores individualistas de produtos
industrializados. Mas, não as ensinaram a lidar com os impactos negativos mais
óbvios, como o que fazer com os resíduos e o lixo das embalagens plásticas, de
lata ou vidro, os esgotos, as novas doenças urbanas... Provas de uma falta de
responsabilidade, que visou o lucro imediato, e, sem planejamento social. Inclusive,
à ausência de amor e esperança entre os indivíduos, expressos em obras
literárias, como a distopia 1984, do
escritor George Orwell, publicado em 1949. Segue um excerto:
A questão que naquele
momento atingiu Winston como um golpe foi o fato de que a morte de sua mãe,
quase trinta anos antes, fora trágica e dolorosa de um modo que já não seria
possível. Ele se dava conta de que a tragédia pertencia aos tempos de
antigamente, aos tempos em que ainda havia privacidade, amor e amizade, e em
que os membros de uma família se amparavam uns aos outros sem precisar saber
por quê.[2]
Ter, no sentido do poder
econômico de adquirir uma determinada mercadoria, disponível no mercado, passa
a ser uma ação social valorizada, com mais relevância e status social, do que ser alguém em busca de desenvolvimento
intelectual e espiritual. Sendo assim, este
documento propõe uma reflexão sobre a necessidade de possíveis estratégias de
ação, que despertem e incentivem as pessoas, a terem um pensamento crítico, que
possa gerar futuras intervenções sociais e políticas, que auxiliem a sociedade à
construir uma realidade mais justa, no sentido do respeito mútuo entre as
pessoas, e, com o mundo que habitamos.
[1] AMIEL, Anne. 50 grandes citações filosóficas explicadas.
Trad. Eduardo Francisco Alves. Rio de Janeiro: Ediouro, 1992, p. 110.
[2] ORWELL, George. 1984. Trad. Alexandre Hubner e Heloisa
Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 42.
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