Letras e Composições
Guilherme Gustavo Simões de Castro
Florianópolis, 2012
Smilodon
Autor: Guilherme Gustavo Simões de Castro.
Smilodon, don, don
O seu pelo era mesmo marrom?
Smilodon, don, don
A caça era o seu maior dom.
Foi Peter Lund que o encontrou
Lá em Minas Gerais
O tigre-dente-de-sabre
Habitava o Brasil
Numa gruta de Lagoa Santa
Com muitos outros animais
E isso aconteceu
Há mais de doze mil anos atrás.
Jabulani
Autor: Guilherme Gustavo Simões de Castro
Jacobina, jabiraca, Jabulani
Não tem Garrincha, nem Ronaldo, nem Zidane
O meio-campo passa a bola para o atacante
E na retranca os zagueiros e volantes
O futebol já existia muito antes
Talvez da China há mais de dois mil anos
Se espalhou com os fenícios navegantes?
Na Inglaterra operários e levantes
Hoje é jogado por Charruas e Xavantes
Faz a vida muito mais interessante
Não há limites nem para os claudicantes
Sócrates de calcanhar para Cervantes
A gente vibra de maneira incessante
Com o pensar o futebol fica elegante
Leopardos, leões e elefantes
Em Soweto, história tão marcante
Nelson Mandela líder importante
No subsolo, petróleo e diamantes
Absolutismo
Autor: Guilherme de
Castro, Nicolau Maquiavel e Luís XIV.
Lobo em pele de carneiro
Os fins justificam os meios
Nesse Estado que sou eu
Para o vassalo
suserano é rei
Ninguém casa por amor
Às bruxas só resta a
dor
Dos cem anos guerra
Levaram a paz da
terra.
Alexandre, da Macedônia
Autor:
Guilherme Gustavo Simões de Castro
Alexandre,
da Macedônia
Seu
cavalo, Bucéfalo
Ele
fundou muitas cidades de Alexandria
Utilizou
a falange macedônica
Seus
soldados usavam as sarissas
Demótenes
escreveu sobre seu pai nas Filípicas
Alexandre,
da Macedônia
Seu
cavalo, Bucéfalo
Acreditava
ser da dinastia de Hércules
Foi
aluno no Liceu de Aristóteles
Ateou
fogo no palácio de Persépolis
Talvez
por vingança das Guerras Médicas
Alexandre,
da Macedônia
Seu
cavalo, Bucéfalo
Chegou
à Índia com seus exércitos
Morreu
de febre na Babilônia
Assim
surgiram os reinos helenísticos
Cultura na carne. (Carne cultural).
Autor:
Guilherme Gustavo Simões de Castro.
Imperadores,
nobres e reis,
De
quase toda a História,
Sempre
consideraram
O
povo como escória.
Ocultando
as pessoas,
Creditando
as vitórias
E os tiranos atuais
Também
têm suas retóricas.
Vamos
dar voz aos artistas
Relendo
suas obras.
Deixe
a cultura fluir
Pela carne toda hora.
Egito
Autor: Guilherme
Gustavo Simões de Castro
Nilo, a essência do Egito
Nilo, a essência do Egito
Nilo, sua história nos
papiros.
Nilo, morte e vida no seu
ciclo
Nilo, hipopótamos e
crocodilos
Nilo, mestres do pão de
trigo.
ANTRO PÔ MORF ISMOS
Povo miscigenado
Centro cosmopolita
Enigmas num arrebol
E a Atlântida de
Platão
Zodíaco e calendários
Papiros queimados em Alexandria
Fiel torcida.
Autor:
Guilherme Gustavo Simões de Castro.
A
fiel torcida se fez cosmopolita
A
mais democrática arquibancada
O
povo grita até ficar rouco
Bando
de trinta milhões de loucos
De
habitantes do Bom Retiro aos retirantes
Dos
anarcossindicalismos, imigrantes
Italianos,
alemães, portugueses
Indígenas,
turcos, japoneses
Árabes
e afro-descendentes
Espanhóis,
empresários, presidentes
Operários,
com ou sem dentes.
É
uma forma de viver que transcende
As
diferenças sociais dessa gente.
Franklin Cascaes
Autor: Guilherme de
Castro.
Franco e puro,
No desenho em tudo
Sua herança está num
museu
Contudo,
Ele pôs a bruxa para
dançar
E este encanto, agora
eu canto
A cultura ilhéu está
ali
O Miramar estava aqui
E o progresso demoliu
Franklin Cascaes
Guerra de Canudos
Autor: Guilherme de
Castro
Sobre a Guerra de
Canudos
Agora eu vou cantar
No interior lá da
Bahia
O sertão não virou
mar
Às veredas da
caatinga
Sebastião irá voltar
E o beato Conselheiro
Reuniu o arraial
Mil oitocentos e
noventa e sete
Num clima muito
agreste
Quase dez mil
soldados
O povo foi expugnado
Sertanejo é humano
forte
Canudos não se rendeu
Sobre o sangue dessa
gente
A República
estabeleceu
Por toda a história
Sempre houve “cabra
macho”
Átila ou Peri,
Gengis Khan ou
Napoleão
Mas igual a jagunçada
Ninguém nunca viu não
Esse grupo de
mestiços
Fanáticos e
arruaceiros,
Caboclos e bandidos
Síntese do brasileiro
Guerra do Paraguai
Autor:
Guilherme Gustavo Simões de Castro.
E
conflito mortal,
No
Chaco e no Pantanal.
Brasil,
Argentina e Uruguai
Numa
Guerra contra o Paraguai
Morreram
muitos soldados
Indígenas
e escravos.
Espalhava
o medo e a morte
Nas
trincheiras paraguaias
Militares
de tocaia
Territórios
alagadiços
Onças
e mosquitos
Tuiuti,
Humaitá, Avaí, kaiowá
Capivara
e jacaré
Almirante
Tamandaré.
O “mito da caverna” e a comunicação.
Versão inspirada na canção We’re
Not Gonna Take It, da banda inglesa The
Who.
Autor: Guilherme de
Castro.
O Mito da Caverna foi
escrito por Platão.
É uma alegoria sobre
a comunicação.
Tudo que a gente sabe
vem de muita informação.
Dos livros jornais,
rádio, net e televisão.
Dogmático é aquele
que mora dentro da caverna.
Cético é o outro que
deixa a porta aberta.
Dogmático logo crê
que a fala está correta.
A verdade absoluta
para o cético é incerta.
Como é que acontece a
comunicação?
Ocorre em três
etapas, não esqueça disso não.
A primeira parte é a
transmissão.
Os meios são a mídia,
a escola e a religião.
O segundo estágio é a
recepção.
Cabeças antenadas
formando opinião.
A resposta fecha o
ciclo dessa relação.
O que trava a
engrenagem é a má distribuição.
E é preciso atribuir
maior valor a educação.
Atenção: estes textos são propriedade intelectual do autor. Estão publicados e protegidos por dispositivos legais. Qualquer uso sem permissão do autor ocorrerá em crime previsto em Constituição.
hahaha boa professor.
ResponderExcluirA disponibilização das canções com vídeo, ou somente a gravação do áudio seria muito top!!! =))). Abraços, músicas com conteúdo e bem cabeças algumas ;))
ResponderExcluirVou fazer isto. Valeu pelo comentário. Guilherme.
ExcluirEu que agradeço, disponha!
ExcluirProfessor, somos alunas do 2º I do Colégio Catarinense. Teria como nos passar seu e-mail? Pois precisamos de ajuda com o trabalho... Obrigada!
ResponderExcluirGuilherme, já pensou em disponibilizar uma cifra de Alexandre da Macedônia pra gente aprender a tocar tbm?? ;)))
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